O Efeito Dominó do Afastamento: Quando 1 Ausência Vira 3 Problemas (ou mais)
Um funcionário se afasta, outro assume sobrecarga, treinamentos são acelerados e o estresse se espalha. Entenda o efeito dominó dos afastamentos e como quebrar esse ciclo antes que ele paralise sua operação.
CUSTOS OCULTOS
Geovanne Federle Scislowski
5/8/20243 min read
O Ciclo Perigoso
Quando um colaborador se afasta, os impactos vão muito além do seu posto. Um estudo integrado da SOMA com dados do Ministério do Trabalho, Fundacentro e Harvard Business Review mostra um efeito dominó preocupante:


Impactos Reais na Rotina das Empresas - os 3 problemas (ou mais)
Mesmo sem citar casos específicos, temos cenários comuns:
Treinamentos emergenciais falham em transmitir conhecimento crítico: colaboradores assumem funções extras sem preparo adequado.
Horas extras e demandas se acumulam, aumentando o risco de lesões e novos afastamentos.
A rotatividade aumenta, elevando os custos com recrutamento e adaptação de novos profissionais: produtividade despenca e o faturamento acompanha.
E tem mais, aquele que pode vir sozinho ou acompanhado, custar de 10, a mais de 100 mil reais por ação, e prejudicar a imagem da empresa:
Três Armadilhas que Amplificam o Problema
1. Substituição “temporária"
82% das substituições temporárias se tornam permanentes sem planejamento (Revista RH, 2023).”
2. Treinamento improvisado
Colaboradores mal treinados têm três vezes mais chance de se lesionar (ABHO, 2024).
3. Ignorar sinais de alerta
70% dos substitutos relatam dores antes de se afastarem (Fiocruz, 2023).
Estratégias para Quebrar o Ciclo
Para interromper o efeito dominó, empresas podem adotar práticas preventivas:
O Plano de Substituição Segura consiste em mapear previamente todas as funções críticas e de alto risco da empresa, identificando quais postos exigem maior atenção para evitar sobrecarga, o que pode ser feito através da AEP ou AET. Além disso, é fundamental limitar as horas extras e controlar a rotatividade nesses postos, garantindo que os colaboradores não acumulem tarefas além de sua capacidade e reduzindo a probabilidade de novos afastamentos. E em caso de afastamentos é necessário ter um treinamento cruzado já em prática.
O Treinamento Cruzado Estruturado tem como objetivo preparar as equipes antes que ocorram ausências, garantindo que cada colaborador conheça as funções e responsabilidades críticas de seus colegas. Esse treinamento deve incluir instruções ergonômicas específicas, de forma que os colaboradores possam desempenhar novas tarefas com segurança, reduzindo riscos de lesões e erros operacionais.
O Monitoramento Contínuo envolve acompanhar de perto a sobrecarga e o bem-estar dos colaboradores com as Pesquisas de Bem Estar, identificando sinais de alerta antes que se tornem problemas. Para isso, podem ser utilizados checklists diários que registrem tarefas, horas extras e níveis de esforço, além de rodas de conversa quinzenais com as equipes para avaliar possíveis dificuldades, ajustar processos e promover a prevenção de afastamentos.
A Cultura de Prevenção é um conjunto disso tudo, e dentro da empresa é fundamental para reduzir afastamentos, pois permite intervenções rápidas. Além disso, o engajamento dos colaboradores em campanhas de saúde aumenta a adesão às práticas preventivas e reforça a percepção de cuidado da organização. Outro ponto estratégico é o uso de um playbook empresarial, as empresas que ja o possuem, saem na frente neste sentido. E um bônus são as recompensas e reconhecimentos para equipes que atingem metas de redução de afastamentos, estimulando um comportamento coletivo voltado ao bem-estar.
Além disso, incluir ginástica laboral e períodos de repouso entre tarefas é essencial para prevenir lesões musculoesqueléticas. Pausas programadas e exercícios rápidos durante a jornada ajudam a reduzir tensões, melhorar a circulação e manter a produtividade, promovendo um ambiente de trabalho mais saudável e seguro.
Perguntas para Gestores
Sua empresa possui um plano de substituição segura?
Quantos colaboradores sobrecarregados se afastaram no último ano?
Quantos colaboradores assumiram novas funções as pressas?
Seus treinamentos emergenciais previnem ou geram riscos adicionais?
Os afastamentos decorrentes do trabalho não são inevitáveis, mas sim um reflexo da forma como a empresa organiza o trabalho e cuida de seus colaboradores. Investir em saúde ocupacional, ergonomia e prevenção é uma estratégia inteligente que protege vidas, reduz custos e fortalece o negócio.
Empresas que atuam de forma proativa, com planos estruturados de prevenção e substituição segura, não apenas economizam, mas também constroem um ambiente de trabalho sustentável, humano e de alta performance.
Gestor, um afastamento nunca vem sozinho. Sua empresa está preparada para conter o efeito dominó? Fale com a SOMA para avaliar o impacto de ausências em sua equipe e descobrir como reduzir custos e riscos antes que seja tarde, nós vamos interromper ciclos prejudiciais antes que interrompam seu negócio.